terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Psicologia além de Freud

Muitas pessoas pensam que Psicologia é sinônimo de Psicanálise, mas essa denominação se refere apenas a uma abordagem específica, criada por Sigmund Freud, um neurologista austríaco que deixou diversos seguidores. Muitos desses seguidores romperam com suas ideias originais e criaram suas próprias abordagens: Jung, Reich, Lacan, entre outros. Apesar de algumas divergências, essas linhas de Psicologia compartilham alguns pressupostos como, por exemplo, o determinismo psíquico. Em poucas palavras, compreendem que há uma mente por trás de um corpo que se comporta, e é ela a responsável por todo o dinamismo psíquico.
No final do século XIX e início do século XX, o avanço das ciências naturais foi surpreendente. Esse foi um período de grandes descobertas e inovações tecnológicas até então impensáveis. Alguns pesquisadores estavam insatisfeitos com as possibilidades em Psicologia. Como imprimir objetividade e cientificidade ao seu trabalho se o objeto de estudo era algo tão abstrato? Seria possível transpor os métodos das ciências naturais para o comportamento humano?
Enquanto isso, surgiam alguns estudos ressaltando a importância do papel da aprendizagem no comportamento animal. Ivan Pavlov, um fisiologista russo, realiza um experimento que lhe confere um prêmio Nobel: ele consegue condicionar um comportamento reflexo em um cão, associando uma campainha à apresentação de um pedaço de carne. Após o emparelhamento dos dois estímulos, o que era apenas um estímulo neutro (campainha), passa a ser suficiente para provocar salivação no cão, tornando-se um estímulo condicionado.
Essa descoberta viria a inspirar um psicólogo norte-americano, John B. Watson a publicar o chamado Manifesto Behaviorista, um artigo de 1913 intitulado Psychology as the Behaviorist views it. É nesse texto que a palavra “behaviorist” é utilizada pela primeira vez. Behavior, em inglês, significa comportamento. Behaviorista poderia ser traduzido como comportamentalista.
De acordo com Watson, esse era o objeto de estudo da Psicologia: o comportamento. A mente não era observável, mas o comportamento sim. E é aí que nasce o Behaviorismo Metodológico.

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